57º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro https://festcinebrasilia.com.br Thu, 12 Dec 2024 19:26:11 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 https://festcinebrasilia.com.br/wp-content/uploads/2024/10/cropped-favicon2024-32x32.png 57º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro https://festcinebrasilia.com.br 32 32 Carta de Brasília – 4ª Conferência Audiovisual da 57ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro https://festcinebrasilia.com.br/carta-de-brasilia-4a-conferencia-audiovisual-da-57a-edicao-do-festival-de-brasilia-do-cinema-brasileiro/noticias/ Tue, 10 Dec 2024 19:16:44 +0000 https://festcinebrasilia.com.br/?p=13849 Brasília/DF, 10 de dezembro de 2024

A 4ª Conferência Audiovisual, realizada durante a 57ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, de 5 a 7 de dezembro, reuniu uma centena de profissionais, parlamentares, gestores e pesquisadores. O evento expressou profunda preocupação e insatisfação com os rumos da política cinematográfica e audiovisual brasileira, alertando para seus impactos na soberania nacional. No contexto do cinema, soberania significa mais do que produzir imagens: é sobre o Brasil afirmar-se como criador de suas próprias narrativas, com uma estratégia clara de desenvolvimento econômico, social e de inserção global, garantindo que a indústria cinematográfica ocupe uma posição de protagonismo, e não subalterna aos conglomerados estrangeiros que atuam no país. .

Se nossa produção tem batido recordes de filmes lançados a cada ano, o fosso que separa essa produção da população brasileira vem aumentando por razões diversas que merecem discussão: (i) a necessidade urgente de regulação do streaming; (ii) o tratamento do cinema como indústria fomentando de forma estratégica polos vocacionados nascentes, crescentes e consolidados do país e; (iii) uma visão sistêmica sobre a atividade, que englobe criação, produção, distribuição, exibição unindo todos elos da cadeia de valor de forma integrada e potente. Esses três grandes temas foram apontados como centrais e urgentes para criar as condições necessárias para que os filmes brasileiros alcancem uma trajetória digna no mercado interno.

Portanto, é imperativo que o governo federal não apenas demonstre compreensão, mas também exerça uma liderança decisiva e faça gestos inequívocos que reconheçam e valorizem a dimensão econômica, industrial e simbólica do cinema e do audiovisual. O setor está pronto e unificado, e, após dois anos da eleição do presidente Lula, torna-se urgente que o governo federal priorize e dedique a atenção necessária ao tema, mobilizando esforços para reposicionar o cinema como uma pauta estratégica de Estado. Nesse contexto, destacamos as seguintes pautas prioritárias:

Por uma regulação do streaming como prioridade nacional

A regulação do mercado de streaming é uma questão urgente e estratégica para o Brasil, que deve ser tratada como prioridade absoluta pelo governo federal. A demora em avançar nessa pauta tem gerado um crescente ressentimento entre os agentes do setor audiovisual, que aguardam medidas concretas para fortalecer a indústria nacional.

O Brasil, como segundo maior mercado de streaming do mundo, enfrenta uma ameaça à soberania do audiovisual e à competitividade de suas empresas e criadores independentes devido à ausência de um marco regulatório robusto. Essa lacuna desorganiza o mercado, fragiliza a cadeia de valor e deixa o país vulnerável à atuação das big techs, que frequentemente operam sem recolher os tributos relacionados a sua operação em território nacional. Por isso, é imprescindível que a regulamentação seja aprovada já no primeiro trimestre de 2025.

O projeto relatado pelo deputado André Figueiredo apresenta uma base sólida que pode ser aprimorada, especialmente à luz das recomendações presentes na Moção do Conselho Superior de Cinema[1] (CSC). Este documento aponta caminhos para uma regulação que promova equilíbrio entre os interesses dos agentes econômicos e a valorização do conteúdo nacional.

Mais do que uma pauta técnica, a regulação do streaming deve ser vista como uma oportunidade histórica de fortalecer o cinema e o audiovisual brasileiro, assegurando condições justas de mercado e ampliando o acesso do público a produções independentes e diversificadas. Trata-se de um consenso: a implementação de uma política que traga alíquotas justas, incentivos à produção nacional e mecanismos de visibilidade para o conteúdo brasileiro será benéfica tanto para o mercado quanto para a sociedade.

A liderança governamental é fundamental para garantir essa conquista, principalmente junto ao congresso nacional. Cabe ao governo federal articular de forma transparente e eficaz o diálogo entre os diferentes setores envolvidos, centralizando esforços para consolidar um marco regulatório moderno e justo. O tempo para agir é agora!

Ausência de uma política de desenvolvimento industrial

O cinema brasileiro enfrenta uma contradição alarmante: enquanto os esforços de fomento aumentam o número de produções, a falta de uma estratégia industrial sólida e orientada para resultados compromete o impacto econômico e social dessas obras. A dependência quase exclusiva de editais como principal política audiovisual não apenas se mostra insuficiente, mas expõe uma visão limitada e arriscada. É ilusório acreditar que o recente aumento de recursos descentralizados, como os destinados pela Lei Paulo Gustavo e outros editais, será suficiente para ampliar o alcance e o impacto socioeconômico do audiovisual brasileiro. Essa fragilidade ficou evidente no desempenho das obras nacionais nas salas de cinema, que em 2023 alcançaram apenas 3% de participação no mercado.

É a indústria que gera divisas, inovação, emprego e renda. É a indústria que tem o poder de articular investimentos em diversos setores, criando um ecossistema que beneficia desde os criadores até a sociedade como um todo. Urge a necessidade de um plano industrial para o audiovisual e que seja praticado para impulsionar a capacidade estratégica do setor de alavancar o desenvolvimento nacional fomentando polos nascentes e crescentes, sem perder de vista polos audiovisuais já  consolidados.

Sem uma estratégia integrada, o resultado é claro: precarização. A ausência de uma política industrial coerente empurra trabalhadores para a informalidade, fragiliza empresas, impede a inovação e deixa o Brasil dependente de produções estrangeiras que ocupam nossos mercados e nossos imaginários.

O governo precisa mobilizar todas as suas áreas — cultura, economia, educação, indústria e tecnologia — para assumir a responsabilidade de proteger e impulsionar a indústria audiovisual nacional. Essa indústria deve englobar todo o diversificado ecossistema do audiovisual brasileiro, promovendo o setor de games, TV, streaming, salas de exibição, festivais e todas as telas e formatos de conteúdo. Construir um setor forte exige a formulação de políticas que abranjam desde a formação técnica e artística até estratégias robustas de exportação do nosso conteúdo, projetando o Brasil como um protagonista global em um mercado audiovisual dominado por gigantes internacionais.

A inércia nesse campo é um atentado à soberania brasileira. O cinema e o audiovisual são ferramentas poderosas de identidade e projeção nacional, mas sem uma indústria que os sustente, permaneceremos vulneráveis. O momento exige ação imediata e liderança decidida. O cinema brasileiro não pode mais esperar.

Políticas para a difusão e exibição e o desafio das telas para o audiovisual brasileiro

É nítido o crescente aumento na produção audiovisual brasileira. Os investimentos públicos centrados quase que exclusivamente na produção e, mais recentemente, desatrelados de estratégias de distribuição e exibição, trouxe à tona antigos problemas como os limites do parque exibidor, a necessidade de valorização dos Canais Brasileiros e Super Brasileiros de Espaço Qualificado, a falta de fomento aos festivais e mostras nacionais e maiores e melhores investimentos para a distribuição e promoção. Portanto, não há desenvolvimento possível sem medidas práticas e urgentes para a ampliação e sustentação de um sistema exibidor brasileiro.

Mesmo em grandes cidades, com muitas salas de cinema, há comunidades, de grande agrupamento populacional, sem cinemas. Mais de 92% dos municípios brasileiros não possuem um complexo de cinema. Ao considerar o universo de municípios com menos de cem mil habitantes, o número é mais alarmante, nem 3,50% tem salas de cinema. E, neste contexto, é fundamental compreender que a sala de cinema representa mais do que um canal de exibição, é também uma vivência social, um ponto de encontro, uma memória, parte da formação humana e da experiência coletiva.

É imperativo ampliar o parque exibidor, para que isto aconteça, é necessário criar políticas públicas para ampliar a quantidade de salas de cinema, especialmente em regiões periféricas e no interior do país, promovendo arranjos institucionais que integrem governos, universidades e associações privadas na gestão de salas de cinema.

Retomar mecanismos de incentivo (como o Prêmio Adicional de Renda) é tão importante quanto criar novos modelos de sustentabilidade e manutenção de espaços de exibição. Da mesma forma, o FSA deverá voltar a fomentar a infraestrutura de exibição, com recursos não reembolsáveis para ações de formação de público e difusão de conteúdos nacionais. Bem como ampliar as linhas de crédito adequadas à realidade do setor de exibição comercial com contrapartida em projetos de formação de público e exibição de obras brasileiras.

Complementando todos os elos do sistema exibidor e tão fundamental como os demais, necessita-se retomar as linhas do FSA que possam garantir a parceria dos CABEQs e SuperCABEQs com os produtores, fomentando o mercado de licenças e contribuindo para a difusão das produções audiovisuais brasileiras independentes de todo o país.

O futuro do cinema e do audiovisual brasileiro depende de ações corajosas e estratégicas, que transcendam o discurso e se materializem em políticas públicas robustas e integradas. O momento exige que o governo federal assuma seu papel de liderança, colocando o audiovisual no centro de uma agenda nacional de reindustrialização e fortalecimento cultural. A regulação do streaming, o desenvolvimento industrial e a ampliação do sistema exibidor não são demandas isoladas, mas partes de um projeto maior de soberania, identidade e progresso. Unidos, os agentes do setor reafirmam seu compromisso em trabalhar pelo fortalecimento do audiovisual brasileiro, esperando que o governo responda à altura da urgência e importância deste chamado.

[1] Moção do Conselho Superior do Cinema (CSC) – Nº 1/2024

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Salomé vence Melhor Longa-metragem pelos Júris Oficial e Popular do 57º Festival de Brasília https://festcinebrasilia.com.br/salome-vence-melhor-longa-metragem-pelos-juris-oficial-e-popular-do-57o-festival-de-brasilia/noticias/ Sun, 08 Dec 2024 00:20:53 +0000 https://festcinebrasilia.com.br/?p=13838
Equipe de Salomé recebendo o Candango. Foto: Humberto Araujo

O fim de tarde e início da noite de sábado (7) em Brasília marcou as premiações da 57ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, o mais antigo em atividade no país. Em cerimônia apresentada pelas atrizes Ana Luiza Bellacosta e Gleici Damasceno, foram distribuídos ao todo 49 prêmios e duas menções honrosas, atribuídos pelos júris compostos por 32 profissionais atuantes em todos os setores do audiovisual. 

Em 2024, o Festival de Brasília recebeu mais de 30 mil pessoas em sua estrutura montada no Cine Brasília, em Taguatinga, Planaltina e no Gama. Com mais de 600 participantes nas atividades do Ambiente de Mercado e Conferência Audiovisual, e 180 convidados nacionais, o projeto impactou a economia criativa local com a injeção de pelo menos 600 empregos diretos durante sua 57ª edição. 

Na premiação de longas-metragens da Mostra Competitiva Nacional, produções de Pernambuco e Minas Gerais se destacaram e levaram alguns dos principais prêmios distribuídos pelo Festival.

Salomé, filme do pernambucano André Antônio, garante vitória ao cinema queer, acumulando oito Candangos, entre eles os de Melhor Longa pelos Júris Oficial e Popular, o de Melhor Atriz Coadjuvante para Renata Carvalho, Melhor Roteiro, Direção de Arte e Trilha Sonora. 

Suçuarana, dos mineiros Clarissa Campolina e Sérgio Borges, arrebatou cinco troféus, incluindo os de Melhor Atriz para Sinara Teles e Ator Coadjuvante para Carlos Francisco, além dos prêmios técnicos de Fotografia, Edição de Som e Montagem. 

A Melhor Direção ficou nas mãos de Sueli Maxakali, Isael Maxakali, Roberto Romero e Luisa Lanna por Yõg Ãtak: Meu Pai, Kaiowá; o brasiliense Wellington Abreu venceu Melhor Ator por Pacto da Viola (DF); e Ruy Guerra recebeu uma menção honrosa do júri por A Fúria, conclusão da trilogia iniciada em Os Fuzis (1964). 

A categoria de curtas-metragens da Competitiva Nacional rendeu Candangos a produções de Pernambuco, São Paulo, Distrito Federal, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O Júri Popular premiou Javyju – Bom Dia (SP), de Kunha Rete e Carlos Eduardo Magalhães, e o Júri Oficial laureou Mar de Dentro (PE), filme de Lia Letícia. A pernambucana também levou Melhor Direção. 

E Seu Corpo é Belo, produção carioca de Yuri Costa, saiu com três Candangos da cerimônia: Melhor Ator para João Pedro Oliveira, Melhor Direção de Arte e Melhor Edição de Som. Carlandréia Ribeiro, atriz mineira, venceu Melhor Atriz por Mãe do Ouro (MG), de Maick Hannder, filme que arrebatou também Melhor Fotografia. A Melhor Trilha foi para a original de Kabuki (SC), de Tiago Minamisawa. 

Nicolau, artista brasiliense conquistou prêmio de Melhor Roteiro por Descamar (DF) e a consagrada Cristina Amaral saiu vencedora pela Montagem de Confluências (DF), de Dácia Ibiapina. O curta carioca Dois Nilos, de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro, foi motivo de menção honrosa por parte do Júri. 

A 57ª edição do Festival de Brasília conta com apoio da Câmara Legislativa do DF, Cinemateca Brasileira, Conselho Distrital de Promoção da Igualdade Racial, Cine Brasília, Canal Brasil, Canal Like, Telecine, Globo e Metrópoles. É realizado pelo Instituto Alvorada Brasil e Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, em gestão compartilhada que se estende às três próximas edições do festival, culminando em 2026, na 59ª edição. Tem patrocínio do Sebrae e patrocínio master do Banco de Brasília – BRB.

Mostra Brasília elege longa de Renato Barbieri como Melhor Filme

A Mostra Brasília – 26º Troféu Câmara Legislativa distribuiu R$ 240.000,00 em prêmios na noite de 7 de dezembro. Renato Barbieri venceu três prêmios pelo longa-metragem Tesouro Natterer, de Melhor Filme pelo Júri Oficial, Melhor Roteiro e Trilha Sonora. O júri popular elegeu A Câmara, de Cristiane Bernardes e Tiago Aragão, como Melhor Filme. O multiartista Adriano Guimarães levou Melhor Direção e Direção de Arte por Nada

Ganhou como Melhor Curta pelo Júri Popular Manequim, de Danilo Borges e Diego Borges. O Júri Oficial elegeu como Melhor Curta Via Sacra, estreia do ator João Campos na direção em cinema. O filme também sagrou Gleide Firmino como Melhor Atriz, enquanto Eduardo Gabriel Ydiriuá, de Manual do Heroi, saiu como Melhor Ator. 

Os prêmios técnicos de Melhor Fotografia e Montagem foram, respectivamente, para Emília Silberstein, pelo filme Xarpi, de Rafael Lobo, e Silvino Mendonça, diretor de A Sua Imagem na Minha Caixa de Correio. Curiosamente, a menção honrosa do júri foi para a apresentadora e atriz Juliana Drummond pela performance na condução das apresentações da Mostra. 

Outros Candangos distribuídos na noite

A mostra competitiva paralela Caleidoscópio compôs júri próprio para distribuir dois prêmios entre os cinco filmes exibidos. Como Melhor Filme, o júri premiou Filhas da Noite (PE), de Henrique Arruda e Sylara Silvério; e como Prêmio Especial do Júri Topo (SP), de Eugenio Puppo saiu vencedor. 

O Candango de Melhor Filme de Temática Afirmativa do Festival, concedido pelo Conselho Distrital de Promoção da Igualdade Racial – Codipir, foi para a cineasta piauiense radicada em Brasília Dácia Ibiapina, pelo curta Confluências.

Já o Prêmio Zózimo Bulbul, concedido pelo Centro Afrocarioca de Cinema e a Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro – APAN, sagrou vencedores, de forma inédita, dois curtas-metragens e não um curta e um longa. Dois Nilos (RJ), de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro, e Mar de Dentro (PE), de Lia Letícia, levaram os prêmios Zózimo, concedido ao filmes que melhor trabalham pautas raciais no contexto das exibições competitivas. 

Demais prêmios concedidos

O júri da Associação Brasileira de Críticos de Cinema – Abraccine, sagrou em seu prêmio próprio os filmes Salomé como Melhor Longa e Kabuki como Melhor Curta. O Prêmio Marco Antônio Guimarães foi concedido ao filme Barreto, Fotógrafo das Lentes Nuas, de Miguel Freire, reconhecimento outorgado pelo Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro – CPCB ao filme que melhor trabalha memória e arquivo do cinema brasileiro. 

O Prêmio Canal Brasil de curtas, no valor de R$ 15 mil para o Melhor Curta eleito por júri próprio laureou Kabuki (SC), de Tiago Minamisawa. O Canal Like ofereceu ao Melhor Longa pelo Júri Oficial um apoio de mídia e publicidade no canal, no valor de R$ 50 mil. O Correio Braziliense concedeu o Troféu Saruê, de melhor momento do festival, ao filme A Fúria, de Ruy Guerra e Luciana Mazzotti. 

Júris compostos por 32 membros em 2024

Em 2024, o Festival de Brasília contou com um time de seletos profissionais do audiovisual brasileiro nas mais distintas áreas do setor. São atores, curadores, professores, críticos de cinema, fotógrafos, realizadores e produtores. 

Entre os júris compostos para 2024 estão os curadores Heitor Augusto e Lila Foster, a atriz Mirella Façanha, o diretor Thiago Costa, a apresentadora Simone Zuccolotto, a diretora Sandra Kogut, a crítica de cinema Yasmine Evaristo e outros. A mostra competitiva Caleidoscópio contou júri próprio composto pelo cineasta Adirley Queirós, o jornalista José Geraldo Couto e a produtora Sara Silveira. 

O Júri do Prêmio de Melhor Filme de Temática Afirmativa foi formado por representantes do Conselho Distrital de Promoção da Igualdade Racial, Renata Parreira, professora e cineasta, e Simone Borges, produtora cultural e diretora de elenco. 

O Prêmio Zózimo Bulbul, concedido pelo Centro Afrocarioca de Cinema e a Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro – APAN, é composto pela produtora Larô Gonzaga, o diretor do Centro Afrocarioca de Cinema Vitor José Pereira, e o realizador Aristótelis thoti. 

Conheça todos os jurados do festival aqui.

Cine Brasília exibe Melhores Filmes do Festival no domingo (8) e segunda (9)

Tradicionalmente, o Cine Brasília apresenta os Melhores Filmes dos júris oficial e popular nas mostras Competitiva Nacional e Brasília nos dias que sucedem o Festival de Brasília. No domingo (8) serão exibidos os vencedores do Júri Popular, com sessões de A Câmara (DF), de Cristiane Bernardes e Tiago de Aragão, às 18h, e Salomé (PE), de André Antônio, às 20h.

 

Segunda-feira é dia de rever os títulos premiados pelo júri oficial com exibições de Tesouro Natterer (DF), de Renato Barbieri, às 18h, e novamente Salomé (PE), de André Antônio, às 20h. As sessões têm entrada franca. 

Conheça a lista completa de prêmios da 57ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Prêmios da Mostra Competitiva Nacional – Longas-metragens 

Melhor Longa-metragem pelo Júri Oficial
Salomé (PE), de André Antônio 

Melhor Longa-metragem pelo Júri Popular
Salomé (PE), de André Antônio 

Melhor Direção
Sueli Maxakali, Isael Maxakali, Roberto Romero e Luisa Lanna por Yõg Ãtak: Meu Pai, Kaiowá (MG)

Melhor Ator
Wellington Abreu por Pacto da Viola (DF) 

Melhor Atriz
Sinara Teles por Suçuarana (MG) 

Melhor Ator Coadjuvante
Carlos Francisco por Suçuarana (MG)

Melhor Atriz Coadjuvante
Renata Carvalho por Salomé (PE)

Melhor Roteiro
André Antônio por Salomé (PE) 

Melhor Fotografia
Ivo Lopes Araújo por Suçuarana (MG) 

Melhor Direção de Arte
Maíra Mesquita por Salomé (PE) 

Melhor Trilha Sonora
Mateus Alves e Piero Bianchi por Salomé (PE)

Melhor Edição de Som
Pablo Lamar por Suçuarana (MG) 

Melhor Montagem
Luiz Pretti por Suçuarana (MG)

Prêmio Especial do Júri
Ao cineasta Ruy Guerra, diretor de A Fúria (RJ) 

Prêmios da Mostra Competitiva Nacional – Curtas-metragens 

Melhor Curta-metragem pelo Júri Oficial
Mar de Dentro (PE), de Lia Letícia

Melhor Curta-metragem pelo Júri Popular
Javyju – Bom Dia (SP), de Kunha Rete e Carlos Eduardo Magalhães

Melhor Direção
Lia Letícia por Mar de Dentro (PE)

Melhor Ator
João Pedro Oliveira por E Seu Corpo é Belo (RJ)

Melhor Atriz
Carlandréia Ribeiro por Mãe do Ouro (MG) 

Melhor Roteiro
Nicolau por Descamar (DF) 

Melhor Fotografia
Fernanda de Sena por Mãe do Ouro (MG)

Melhor Direção de Arte
Caroline Meirelles por E Seu Corpo é Belo (RJ)

Melhor Montagem
Cristina Amaral por Confluências (DF)

Melhor Trilha Sonora
Ruben Feffer e Gustavo Kurlat por Kabuki (SC)

Melhor Edição de Som
Kiko Ferraz e Ricardo Costa por E Seu Corpo é Belo (RJ)

Menção Honrosa do Júri
Ao filme Dois Nilos (RJ), de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro 

Prêmios da Mostra Brasília – 26º Troféu Câmara Legislativa 

Melhor Longa-metragem pelo Júri Oficial
Tesouro Natterer, de Renato Barbieri 

Melhor Longa-metragem pelo Júri Popular
A Câmara, de Cristiane Bernardes e Tiago de Aragão

Melhor Curta-metragem pelo Júri Oficial
Via Sacra, de João Campos 

Melhor Curta-metragem pelo Júri Popular
Manequim, de Danilo Borges e Diego Borges

Melhor Direção
Adriano Guimarães pelo filme Nada

Melhor Ator
Eduardo Gabriel Ydiriuá pelo filme Manual do Heroi 

Melhor Atriz
Gleide Firmino pelo filme Via Sacra

Melhor Roteiro
Andrea Fenzl, Victor Leonardi, Renato Barbieri, Neto Borges e Rodrigo Borges pelo filme Tesouro Natterer 

Melhor Fotografia
Emília Silberstein pelo filme Xarpi 

Melhor Montagem
Silvino Mendonça pelo filme A Sua Imagem na minha Caixa de Correio 

Melhor Direção de Arte
Maíra Carvalho, Marcus Takatsuka e Nadine Diel pelo filme Nada 

Melhor Edição de Som
Guile Martins e Olívia Hernández pelo filme Nada

Melhor Trilha Sonora
Márcio Vermelho e Pedro Zopelar pelo filme Tesouro Natterer 

Menção Honrosa do Júri
À Juliana Drummond pela excepcional performance nas apresentações da Mostra Brasília – Troféu Câmara Legislativa da 57ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Prêmios da Mostra Caleidoscópio 

Melhor Filme
Filhas da Noite (PE), de Henrique Arruda e Sylara Silvério

Prêmio Especial do Júri
Topo (SP), de Eugenio Puppo

Prêmio de Melhor Filme de Temática Afirmativa 

Candango concedido pelo Conselho Distrital de Promoção da Igualdade Racial – Codipir ao filme exibido pelo festival que melhor evidencia temáticas afirmativas.

Confluências (DF), de Dácia Ibiapina

Prêmio Zózimo Bulbul

Prêmio concedido por júri indicado pelo Centro Afrocarioca de Cinema e a Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro (APAN). Excepcionalmente em 2024, o júri decidiu premiar dois curtas ao invés de um curta e um longa-metragem. São eles: 

Melhor Curta-metragem
Mar de Dentro (PE), de Lia Letícia 

Prêmio Especial do júri
Dois Nilos (RJ), de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro 

Prêmio Marco Antônio Guimarães

Prêmio concedido ao filme exibido que melhor trabalha memória e arquivo do audiovisual brasileiro, com júri indicado pelo Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro – CPCB.

Barreto, Fotógrafo das Lentes Nuas (RJ), de Miguel Freire

Prêmio Abraccine 

Prêmio concedido por júri indicado pela Associação Brasileira dos Críticos de Cinema.

Melhor Longa-metragem
Salomé (PE), de André Antônio

Melhor Curta-metragem
Kabuki (SC), de Tiago Minamisawa

Prêmio Canal Brasil de Curtas 

Prêmio no valor de R$ 15 mil concedido pelo Canal Brasil ao Melhor Curta-metragem segundo júri montado pelo próprio canal.

Kabuki (SC), de Tiago Minamisawa

Troféu Saruê (Correio Braziliense) 

Troféu concedido pelo jornal Correio Braziliense ao melhor “momento” do Festival de Brasília.

A Fúria (RJ), de Ruy Guerra e Luciana Mazzotti

Prêmio Canal Like

Prêmio no valor de R$ 50 mil em apoio de mídia e publicidade em veiculação no Canal Like, concedido ao filme vencedor de Melhor Longa-metragem pelo Júri Oficial.

Salomé (PE), de André Antônio 

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Ruy Guerra apresenta conclusão de trilogia iniciada em 1964 na última noite de Mostra Competitiva do 57º Festival de Brasília https://festcinebrasilia.com.br/ruy-guerra-apresenta-conclusao-de-trilogia-iniciada-em-1964-na-ultima-noite-de-mostra-competitiva-do-57o-festival-de-brasilia/noticias/ Sat, 07 Dec 2024 12:09:21 +0000 https://festcinebrasilia.com.br/?p=13827
Ruy Guerra apresenta o longa “A Fúria”. Foto: Humberto Araujo

A última noite da Mostra Competitiva Nacional, ontem (6), no Cine Brasília fechou com uma celebração ao próprio cinema brasileiro. Começou com a exibição do documentário Dois Nilos, sobre o cineasta Afrânio Vital, cuja vida é dedicada à sétima arte; seguido do romance musical afro-surrealista E Seu Corpo É Belo, uma produção periférica fluminense ambientada nas festas black dos anos 1970.

Um marco histórico nesta edição, o longa-metragem da noite foi A Fúria, de Ruy Guerra e Luciana Mazzotti, exibido no Cine Brasília no ano em que se completa 60 anos do golpe militar e da estreia do clássico Os Fuzis, que inaugurou a trilogia de Guerra em 1964.

“Queríamos exibir este filme neste cinema”, afirmou Luciana. Ruy, no alto dos seus 93 anos, foi ovacionado de pé pela plateia do Cine Brasília. Bem-humorado, elogiou e agradeceu à direção do Festival de Brasília, nominalmente a Sara Rocha e Eduardo Valente, respectivamente diretora geral e diretor artístico do evento.

“Foi de uma coragem estética, política e civilizacional trazer este filme nitidamente perseguido política e economicamente, pois nos recusamos a ficar calados”, disse, sob chuvas de aplausos.

Fora das salas de cinema, na área de convivência do Cine Brasília, a programação musical reuniu o projeto Ondas Tropicais, com os DJs Fernando Rosa, Son Andrade e DJ Chico Correa – Live. 

4ª Conferência Audiovisual do Festival de Brasília aponta caminhos para políticas, industrialização e para o desenvolvimento do setor no segundo dia de programação

Em quatro paineis ao longo de toda a manhã e tarde no Cine Brasília, a 4ª Conferência Audiovisual abriu espaço para discussões de caráter prático e propositivo. O dia começou com um painel sobre o uso de Inteligência Artificial (IA) no Audiovisual, com Cauê Oliveira Fanha (MinC), Raquel Gontijo (Abragames), Guido Lemos Filho (UFPB), Igor Rachid (Abring) e Fred Reis (Gravidade Zero).

Na mesa “Audiovisual enquanto política de Estado, suas transversalidades e desenvolvimento regional”, a mediadora Sara Rocha, diretora-geral do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro apontou a discussão central para o fortalecimento das políticas locais de fomento. 

“É importante entender, a partir das políticas públicas majoritárias, como a gente pode ter um dinamismo, um fomento e uma visibilidade dessas múltiplas manifestações culturais para alcançar um ecossistema forte e potente”, disse Sara.

Roberta Trujillo, representante da SPCine, compartilhou as experiências exitosas  do órgão, como a expansão de 12 salas em regiões periféricas neste ano. “A ideia é chegar em 2025 com 42 salas. A gente é a maior rede de salas públicas de cinema do Brasil. E estamos esperando um estudo que deve apontar que somos  talvez a maior da América Latina ou mesmo do mundo”. Completaram a mesa Felipe Dias (Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Salvador), PH Souza (ABRACI), Paulo Zilio (Ancine) e Igor Bastos (Abranima).

Simultaneamente, houve o “Encontro de Salas de Cinema Independentes”, com  Mauri Palos (Cine 14Bis/SPCine), Suzana Argolo (Cine SaladeArt/UFBA), Thiago André (CINUSP/USP, Mônica Kanitz (Cinemateca Paulo Amorim/RS), Rita Aquino (UFBA), Ângela Francisca (Coordenadora Cine Redenção – UFRGS), Adriano Adoryan e Alex de Oliveira (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).

A última mesa do dia, “Estratégias para a industrialização do audiovisual brasileiro” reuniu Thais Olivier (ABRA), Marcio Fraccaroli (Paris Filmes), Marcos Barros (Abraplex), Vania Lima (realizadora), Nichollas Alem (advogado e pesquisador), com mediação do pesquisador Alfredo Manevy.

A programação da 4ª Conferência Audiovisual segue até hoje (7), quando acontecem os dois últimos paineis: “O Desafio da Sala de Cinema e da Tela para o Cinema Brasileiro”, às 10h, e “Premissas e Bases da Regulação do VoD”, às 14h, que contará com a presença da secretária do Audiovisual do Ministério da Cultura (MinC), Joelma Gonzaga. 

Confira as ementas completas aqui

Última noite de Mostra Brasília celebrou o meio ambiente

Apresentada pela atriz Juliana Drummond, a Mostra Brasília – 26º Troféu Câmara Legislativa encerrou a competição mais uma vez com a Sala Vladimir Carvalho cheia. Entre clamores pela preservação do meio ambiente, o público assistiu à animação Kwat e Jaí – Os bebês Heróis do Xingu, de Clarice Cardell, o curta de autoficção Cemitério Verde, de Maurício Chades, e o longa Tesouro Natterer, novo documentário do premiado cineasta Renato Barbieri, que parte do maior acervo etnográfico sobre povos indígenas do Brasil. 

Cerimônia de Premiação do Festival de Brasília começa às 17h

Chegou a hora de conhecer os filmes, personalidades e profissionais do cinema brasileiro que vão levar para casa o estimado Troféu Candango da 57ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, além de outras láureas. 

Serão distribuídos um total de 50 prêmios, incluindo os Candangos, o Troféus Câmara Legislativa, os prêmios da mostra Caleidoscópio, o Prêmio Marco Antônio Guimarães, o Prêmio Abraccine, o Prêmio Canal Brasil de Curtas, o Trofeú  Saruê, o Prêmio Zózimo Bulbul, o Prêmio Canal Like, o Prêmio de Melhor Filme de Temática Afirmativa, concedido pelo Conselho Distrital de Promoção da Igualdade Racial – Codipir. 

A cerimônia de premiação, tal como na abertura, será apresentada por Ana Luiza Bellacosta e Gleici Damasceno, e conta com tradução para Libras e audiodescrição ao vivo. Ela será transmitida ao vivo pelo canal do Festival de Brasília no YouTube.

Conheça a programação de filmes do último dia do Festival 

Apesar de as mostras competitivas e paralelas do Festival de Brasília terem sido encerradas ontem (6), o último dia do evento reserva mais filmes para sua programação de hoje. Começa às 9h30, na Sala Vladimir Carvalho, do Cine Brasília, a reprise do longa infantil Abá e Sua Banda, encerrando também o Festivalzinho.

Às 11h, haverá sessão especial do documentário de Michel Coeli sobre o mais violento incêndio florestal no Pantanal, Sinfonia da Sobrevivência, seguido de debate com a equipe do filme.   

Após a cerimônia de premiação, às 21h30 o Cine Brasília se despede da 57ª edição do Festival de Brasília com a exibição gratuita e hors concours do documentário de Lírio Ferreira e de Carolina Sá sobre o gênio da música brasileira Hermeto Pascoal, em O Menino d’Olho d’Água.

Encontros Setoriais tem paineis de Curadoria e de Crítica 

No último dia do Festival de Brasília, a Sala de Cinema 2 receberá os dois últimos Encontros Setoriais. Às 14h, o Encontro da Curadoria da Mostra Competitiva Nacional, com mediação de Eduardo Valente, debate a produção audiovisual atual do país a partir da amostra dos 1.180 títulos inscritos na seleção oficial deste ano. 

Em seguida, às 16h, o Encontro Setorial da Crítica Especializada faz uma mesa redonda aberta ao público e centrada no debate sobre os caminhos da reflexão e da produção crítica e da imprensa no cinema brasileiro. O encontro terá participação de Yasmine Evaristo (Feito Por Elas), Neusa Barbosa (Cineweb) e Renato Silveira (Cinematório/Abraccine), com mediação de Guilherme Lobão (UnB).

SERVIÇO –  57º FESTIVAL DE BRASÍLIA DO CINEMA BRASILEIRO

Data: Até 7 de novembro

Local: Cine Brasília (106/107 Sul), Cia. Lábios da Lua (Gama), Centro Universitário Estácio (Pistão Sul, Taguatinga) e Complexo Cultural de Planaltina.

Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) somente para as sessões da Mostra Competitiva Nacional no Cine Brasília. Entrada franca mediante retirada prévia de ingressos para as demais sessões.

Programação completa: festcinebrasilia.com.br.

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Mostra Competitiva Nacional celebra a diversidade na penúltima noite de exibições https://festcinebrasilia.com.br/mostra-competitiva-nacional-celebra-a-diversidade-na-penultima-noite-de-exibicoes/noticias/ Fri, 06 Dec 2024 17:09:46 +0000 https://festcinebrasilia.com.br/?p=13806
Equipe do filme Salomé. Foto: Gustavo Alcantara

A noite de quinta-feira (5) foi marcada por filmes que abordam questões de gênero e sexualidade, a partir de diversas linguagens, que deixaram o público em êxtase no Cine Brasília. Nicolau, professor e diretor trans brasiliense, apresentou seu curta Descamar, sobre uma menina em meio à descoberta da puberdade. 

De Santa Catarina, o diretor Tiago Minamisawa estreou a animação em stop motion Kabuki (SC), sobre a busca de autoconhecimento da personagem presa em um corpo masculino. O longa Salomé (PE), de André Antonio, celebrou a diversidade de corpos em uma jornada centrada no feminino. 

Hoje, no último dia da Mostra Competitiva Nacional, o público assistirá aos curtas-metragens Dois Nilos, de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro, e E Seu Corpo É Belo, de Yuri Costa. Em seguida, o aguardado longa-metragem A Fúria, marca a conclusão da trilogia iniciada pelo veterano diretor Ruy Guerra em 1967, agora com codireção de Luciana Mazzotti.

As exibições acontecem gratuitamente às 20h na Cia. Lábios da Lua (Gama), Complexo Cultural de Planaltina e Faculdade Estácio do Pistão Sul (Taguatinga), e às 21h a R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada) no Cine Brasília. 

Fora das salas de cinema, as exibições são acompanhadas por show da cantora Pratanes e os DJs Wells e Jay Lee em Taguatinga; DJ New Way e grupo Omo Ayó em Planaltina; DJ Silvana e banda Lúpulo e Cereais Não Maltados no Gama; e as discotecagens dos DJs Fernando Rosa, Son Andrade e Chico Correa no Cine Brasília. 

4ª Conferência Audiovisual do Festival de Brasília recebe Juca Ferreira, Cármen Lúcia, Jandira Fegahli e Paulo Alcoforado (Ancine) em seu primeiro dia de atividades

A quinta-feira (5) foi marcada pela abertura da 4ª Conferência Audiovisual do Festival de Brasília, feita pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia. Com a presença do ex-ministro da Cultura e assessor da presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Juca Ferreira, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB/RJ), e a prolífica produtora da Dezenove Sons e Imagens, Sara Silveira, o primeiro painel debateu “Audiovisual e Soberania Nacional”.

O ex-ministro Juca Ferreira pontuou sobre o tema que “nosso mercado está desestruturado e desregulamentado. As plataformas e empresas globais estão nadando de braçada no Brasil, chantageando nossos produtores, se apropriando indevidamente do direito autoral e patrimonial e transformando o cinema brasileiro, um dos cinemas mais importantes do mundo mesmo com todas as precariedades conhecidas, em prestador de serviço”. 

No período vespertino, os debates foram aquecidos por atividades sobre a regulação do Vídeo on Demand (VOD) e o Marco Legal dos Jogos Eletrônicos, tendo participações de Paulo Alcoforado (Ancine), André Basbaum (TV Record), MInom Pinho (Apaci), Pedro Tinen (pesquisador), André Saddy (SuperCaBEQs), Cibele Amaral (CONNE), Raquel Gontijo (Abragames), Igor Rachid (Abring) e outros.

A programação da 4ª Conferência Audiovisual segue até o dia 7 de dezembro com um total de dez paineis programados. Hoje acontecem os paineis “Inteligência Artificial no Audiovisual”, “Estratégias para a industrialização do audiovisual brasileiro”, “Audiovisual enquanto política de Estado, suas transversalidades e desenvolvimento regional”, além do “Encontro de Salas de Cinema Independentes”.

Conheça a programação completa aqui

Penúltima noite de Mostra Brasília tem manifestos políticos no palco e na tela

Apresentada pela atriz Juliana Drummond, a Mostra Brasília – 26º Troféu Câmara Legislativa manteve sua tradição de levantar provocações políticas no palco e na tela. As equipes dos filmes abordaram questões como racismo estrutural, o fim da escala 6×1 dos trabalhadores de base do audiovisual e a necessidade de incentivos às mulheres nas carreiras de fotografia no audiovisual.

O público lotou a Sala Vladimir Carvalho para acompanhar a estreia do novo curta do diretor Rafael Lobo, Xarpi; e o filme de estreia do ator João Campos como diretor e roteirista, Via Sacra. Longa da terceira noite, o documentário A Câmara, de Cristiane Bernardes e Tiago de Aragão, fechou a sessão e arrancou aplausos da plateia ao abordar as tensões, dinâmicas e articulações de deputadas que atuam no parlamento brasileiro.

Hoje, no último dia de competição, a Mostra Brasília contará com a exibição do  curta experimental Cemitério Verde, de Maurício Chades, a animação Kwat e Jaí – Os bebês Heróis do Xingu, de Clarice Cardell, e o longa Tesouro Natterer, novo documentário do premiado cineasta Renato Barbieri. As exibições acontecem às 18h no Cine Brasília, na Cia. Lábios da Lua (Gama), Complexo Cultural de Planaltina e Faculdade Estácio do Pistão Sul (Taguatinga). 

Mostras paralelas também chegam ao último dia

Na programação desta sexta-feira (6), o público assiste gratuitamente a grandes filmes no último dia de exibições das mostras paralelas Caleidoscópio, A Formação dos Brasis e Festival dos Festivais. 

Às 15h, na Sala Vladimir Carvalho, a mostra competitiva Caleidoscópio tem sua última sessão, exibindo Topo, de Eugenio Puppo, documentário que se passa em uma pequena cidade portuária no litoral de São Paulo, flagrando a partir de histórias pessoais de Edivaldo e Iara, os impactos da acelerada transformação da paisagem local, com obras de infraestrutura e desenvolvimento turístico, na vida cotidiana. 

Às 17h, na Sala de Cinema 2, Joel Zito Araújo volta a Brasília com o filme Brasiliana: O Musical Negro que Apresentou o Brasil ao Mundo, pela mostra A Formação dos Brasis. A produção acompanha as histórias da companhia de teatro de revista Brasiliana, grupo de música, teatro e dança afro-brasileiros criado em 1949 no Rio de Janeiro, que se apresentou em mais de 90 países durante 25 anos de atividades, e de alguma forma projetou as identidades brasileiras para o mundo.

Às 19h, também na Sala de Cinema 2 e pela mostra Festival dos Festivais, o longa-metragem de ficção Oeste Outra Vez, de Erico Rassi, conta a história de  homens que não conseguem lidar com suas fragilidades e são constantemente abandonados pelas mulheres que amam, filmado em meio ao sertão do Goiás.

SERVIÇO –  57º FESTIVAL DE BRASÍLIA DO CINEMA BRASILEIRO

Data: Até 7 de novembro

Local: Cine Brasília (106/107 Sul), Cia. Lábios da Lua (Gama), Centro Universitário Estácio (Pistão Sul, Taguatinga) e Complexo Cultural de Planaltina.

Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) somente para as sessões da Mostra Competitiva Nacional no Cine Brasília. Entrada franca mediante retirada prévia de ingressos para as demais sessões.

Programação completa: festcinebrasilia.com.br.

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Abertura da 4ª Conferência Audiovisual do Festival de Brasília teve fala da ministra Cármen Lúcia  https://festcinebrasilia.com.br/abertura-da-4a-conferencia-audiovisual-do-festival-de-brasilia-teve-fala-da-ministra-carmen-lucia/noticias/ Thu, 05 Dec 2024 16:25:58 +0000 https://festcinebrasilia.com.br/?p=13803
Ministra Cármen Lúcia na abertura da Conferência. Foto: Victor Diniz

Após fala de boas-vindas do secretário de Cultura e Economia Criativa  do DF, Claudio Abrantes, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia apresentou o painel de abertura da 4ª Conferência do Audiovisual, na manhã desta quinta (5), no 57º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, com uma fala que reforça a importância da arte e do cinema para a sociedade. 

“O setor do audiovisual tem importância enorme para a cidadania. A arte é uma forma de cada um de nós se libertar, pensar e estar com o outro. Este que é o sujeito da arte e da democracia. O estado foi só um instrumento para servi-la e conferir dignidade a todos”, discursou. 

Ao final, Cármen Lúcia celebrou a longevidade do Festival de Brasília, que em 2025 completa 60 anos de sua primeira edição. “É um festival sexy…sagenário, mas sexy. Só não será mesmo porque a ditadura o interrompeu por dois anos”, reconheceu. 

Após a abertura, a Conferência Audiovisual discutiu o tema de soberania nacional no cinema com uma mesa formada pela deputada Jandira Feghali, o assessor da presidência do BNDES e ex-ministro da Cultura, Juca Ferreira; e a produtora premiada Sara Silveira, sob mediação do gestor cultural Gabriel Portela.

A programação da 4ª Conferência Audiovisual segue até o dia 7 de dezembro com um total de dez paineis programados sob a consultoria de Gabriel Portela e Alfredo Manevy, especialistas em políticas públicas para o audiovisual brasileiro. Entram em pauta do evento temas como a regulação do Vídeo on Demand (VOD), o marco legal dos jogos eletrônicos, o uso de inteligência artificial (IA) no cinema, desenvolvimento regional, industrialização do audiovisual e as crises pós-pandemia como desafios da revolução dos hábitos de consumo de audiovisual.

Entre mais de 50 convidados, participam das mesas representantes da Spcine, Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Salvador, Ancine e Ministério da Cultura. O MinC, inclusive, encerrará a conferência no sábado (7), com um importante encontro entre sua secretária do Audiovisual, Joelma Gonzaga, e a comunidade audiovisual participante, para tratar dos desafios e perspectivas para a regulação do VOD no país. 

Para o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes, “a sinergia entre a Secretaria de Cultura e as diversas entidades do setor audiovisual através do Festival de Brasília fortalece o debate sobre a política pública para o cinema e vídeo não só no DF, mas em todo o país”. A diretora geral do Festival de Brasília, Sara Rocha, acredita que a Conferência “é uma possibilidade para produtores, gestores e autoridades se encontrarem para fazer um grande diagnóstico do momento atual e tentar traçar prognósticos para a melhoria das políticas públicas de audiovisual”.

A 57ª edição do Festival de Brasília conta com apoio da Câmara Legislativa do DF, Cinemateca Brasileira, Conselho Distrital de Promoção da Igualdade Racial, Cine Brasília, Canal Brasil, Canal Like, Telecine, Globo e Metrópoles. É realizado pelo Instituto Alvorada Brasil e Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, em gestão compartilhada que se estende às três próximas edições do festival, culminando em 2026, na 59ª edição. Tem patrocínio do Sebrae e patrocínio master do Banco de Brasília – BRB.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA DA 4ª CONFERÊNCIA AUDIOVISUAL DO FESTIVAL DE BRASÍLIA 

5 de dezembro (quinta)

9h – Fala de boas-vindas do Secretário da Cultura e Economia Criativa do DF, Claudio Abrantes, no Cine Brasília – Sala de Cinema 2

9h10 – Abertura da 4ª Conferência Audiovisual: conferência “A importância dos direitos culturais e do cinema brasileiro na consolidação de uma sociedade democrática” com a Ministra Cármen Lúcia, do STF, no Cine Brasília – Sala de Cinema 2

10h – Audiovisual e Soberania Nacional, com a Deputada Jandira Feghali, Deputada Benedita da Silva, Juca Ferreira (BNDES), Sara Silveira (19 filmes) e mediação de Gabriel Portela, no Cine Brasília – Sala de Cinema 2

14h – Regulação do Vídeo on Demand, com Paulo Alcoforado (Ancine), André Basbaum (TV Record), Minom Pinho (APACI), Pedro Tinen (pesquisador), André Saddy (SuperCaBEQs), Cibele Amaral (CONNE) e mediação de Rosana Alcântara, no Cine Brasília – Sala de Cinema 2

16h30 – O Marco Legal de Jogos Eletrônicos e o desenvolvimento dos games no mercado audiovisual, com Raquel Gontijo (Abragames), Alberto Miranda (Abring), Fred Reis (FR3D FILM & REALTIME 3D), Igor Rachid (Abring) e mediação de Janaína André, no Cine Brasília – Auditório 1

6 de dezembro (sexta)

10h – Inteligência Artificial no Audiovisual, com Cauê Oliveira Fanha (MinC), Raquel Gontijo (Abragames), Guido Lemos Filho (UFPB), Igor Rachid (Abring), Fred Reis (Gravidade Zero) e mediação de Igor Bastos, no Cine Brasília – Auditório 1

14h – Audiovisual enquanto política de Estado, suas transversalidades e desenvolvimento regional, com Bárbara Trujillo (Spcine), Felipe Dias (Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Salvador), PH Souza (ABRACI), Paulo Zilio (Ancine), Igor Bastos (Abranima) e mediação de Sara Rocha, no Cine Brasília – Sala de Cinema 2

14h – Encontro de Salas de Cinema Independentes, com Mauri Palos (Cine 14Bis/SPCine), Suzana Argolo (Cine SaladeArt/UFBA), Thiago André (CINUSP/USP, Mônica Kanitz (Cinemateca Paulo Amorim/RS), Rita Aquino (UFBA), Ângela Francisca (Coordenadora Cine Redenção – UFRGS), Adriano Adoryan e Alex de Oliveira (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), e mediação de Alvaro Malaguti (RNP), no Cine Brasília – Auditório 1

16h30 – Estratégias para a industrialização do audiovisual brasileiro, com Thais Olivier (ABRA), Marcio Fraccaroli (Paris Filmes), Marcos Barros (Abraplex), Vania Lima (realizadora), Nichollas Alem (advogado e pesquisador) e mediação de Alfredo Manevy, no Cine Brasília – Auditório 1

7 de dezembro (sábado)

10h – O desafio da sala de cinema e da tela para o cinema brasileiro, com Daniel Jaber (Cardume), Álvaro Malaguti (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa), Nilson Rodrigues (Cine Cultura), Suzana Argolo (Cine SaladeArt/UFBA), Vanessa Souza (Canal Curta) e mediação de Pedro Butcher, no Cine Brasília – Sala de Cinema 2

14h – Premissas e bases da regulação do VOD, com Joelma Gonzaga (MinC/SAV) e Ricardo Capelli (ABDI), no Cine Brasília – Auditório 1

Confira as ementas completas aqui

SERVIÇO – 4ª CONFERÊNCIA AUDIOVISUAL DO FESTIVAL DE BRASÍLIA 

Data: 5 a 7 de dezembro

Horários: Das 9h às 18h, no dia 5/12; das 10h às 18h, no dia 6/12; e das 10h às 16h, no dia 7/12. 

Local: Sala de Cinema 2 e Auditório 1 do Cine Brasília (106/107 Sul).

Ingressos: Entrada franca por ordem de chegada.

Programação completa: festcinebrasilia.com.br.

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Quarta noite da Mostra Competitiva Nacional é marcada por discursos sobre inclusão das pessoas com deficiência https://festcinebrasilia.com.br/quarta-noite-da-mostra-competitiva-nacional-e-marcada-por-discursos-sobre-inclusao-das-pessoas-com-deficiencia/noticias/ Thu, 05 Dec 2024 16:11:42 +0000 https://festcinebrasilia.com.br/?p=13799
Mostra Competitiva Nacional | Foto: Humberto Araujo

A noite de quarta-feira (4) foi marcada por discursos sobre invisibilidade e luta por acessos e direitos das pessoas com deficiência – PcDs na sociedade brasileira. O protagonista de E Assim Aprendi A Voar (RO), Guilherme Sussuarana, cativou toda a plateia do Cine Brasília, ensinando como fazer uma correta auto-descrição para pessoas com deficiência visual. 

A apresentação do filme de Antonio Fargoni teve ampla adesão da comunidade PcD que acompanha todos os dias as exibições no cinema, através da audiodescrição ao vivo e das legendas em segunda tela. Na sequência, a apresentadora Gleici Damasceno convocou o time de Mãe do Ouro (MG), de Maick Hannder, e do aplaudido longa Enquanto o Céu Não me Espera (AM), de Christiane Garcia, protagonizado por Irandhir Santos. 

Nesta quinta (5), às 20h em Taguatinga, Gama e Planaltina, e 21h no Cine Brasília, serão exibidos os curtas Descamar (DF), de Nicolau, e Kabuki (SC), de Tiago Minamisawa, e o longa Salomé (PE), de André Antonio.

Mostra Brasília lota o Cine Brasília na noite de quarta-feira (4)

Com apresentação da atriz Juliana Drummond, a segunda noite de exibições da Mostra Brasília – 26º Troféu Câmara Legislativa lotou o Cine Brasília na noite da última quarta-feira (4). Com uma fila que preencheu todo o hall e se alongou pela lateral do cinema, e com grande expectativa para exibição dos filmes, a noite foi marcada pela exibição dos filmes ONA, de Clara Maria e M4vi Afroindie; Manual do Herói, de Fáuston da Silva; e Manequim, de Danilo Borges e Diego Borges.

A Mostra Brasília – 26º Troféu Câmara Legislativa, assim como a Competitiva Nacional, acontece na Sala Vladimir Carvalho e possui, ao término das sessões, votação pelo júri popular por meio de QR Code impresso nos ingressos de acesso às quatro salas de exibição no Cine Brasília e nas RAs.

Nesta quinta-feira (5), serão exibidos os curtas Xarpi, de Rafael Lobo, e Via Sacra, de João Campos; além do longa-metragem documental A Câmara, de Cristiane Bernardes e Tiago de Aragão.

Mostras paralelas com programação recheada nesta quinta 

Na programação desta quinta-feira (5), o público também poderá assistir gratuitamente às mostras paralelas Caleidoscópio, A Formação dos Brasis e Festival dos Festivais.

Às 15h, na Sala Vladimir Carvalho, o quarto dia da competitiva Mostra Caleidoscópio apresenta Future Brilliant, estreia de Abílio Dias na direção de longas-metragens. O documentário acompanha o próprio diretor em visita à sua família no interior de São Paulo, com ênfase em sua relação com a irmã, Gisele, que é tetraplégica e sonha em ser professora de inglês.

Às 17h, na Sala de Cinema 2, Mariana Jaspe apresenta o filme Quem é Essa Mulher? pela mostra A Formação dos Brasis: um road movie documental sobre duas mulheres negras, separadas cronologicamente por um século, cujas histórias se cruzam pelas estradas da Bahia.

Às 19h, também na Sala de Cinema 2 e pela mostra Festival dos Festivais, o longa-metragem A Queda do Céu, de Eryk Rocha e  chega a Brasília depois de passar por Cannes e pela Mostra de SP, apresentando uma cosmologia Yanomami, a partir dos escritos do xamã Davi Kopenawa e o antropólogo francês Bruce Albert. 

SERVIÇO –  57º FESTIVAL DE BRASÍLIA DO CINEMA BRASILEIRO

Data: Até 7 de novembro
Local: Cine Brasília (106/107 Sul), Cia. Lábios da Lua (Gama), Centro Universitário Estácio (Pistão Sul, Taguatinga) e Complexo Cultural de Planaltina.
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) somente para as sessões da Mostra Competitiva Nacional no Cine Brasília. Entrada franca mediante retirada prévia de ingressos para as demais sessões.
Programação completa: festcinebrasilia.com.br.

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Cine Brasília celebra a ancestralidade de Nêgo Bispo na terceira noite de Mostra Competitiva Nacional https://festcinebrasilia.com.br/cine-brasilia-celebra-a-ancestralidade-de-nego-bispo-na-terceira-noite-de-mostra-competitiva-nacional/noticias/ Wed, 04 Dec 2024 13:57:21 +0000 https://festcinebrasilia.com.br/?p=13748
Mostra Competitiva Nacional | Foto: Humberto Araujo

Uma noite contra-colonial ganhou o palco do Cine Brasília, na terceira noite da Mostra Competitiva Nacional do 57º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, com exibição de dois curtas que ecoam o pensamento afro diaspórico e um longa-metragem indígena, que investiga chagas da ditadura militar.

Como o próprio Nêgo Bispo dizia: “Estarei vivo, mesmo enterrado”. Exatamente um ano depois da morte do pensador quilombola Antônio Bispo dos Santos, o Nêgo Bispo, o Festival de Brasília o recebeu em tela. Emocionada, a diretora piauiense-candanga Dácia Ibiapina apresentou seu novo documentário, que teve pesquisa e codireção de Nêgo Bispo, Confluências, ovacionado pelo público.

A programação dos curtas de ontem se completou com outro forte relato político, com exibição da produção pernambucana Mar de Dentro, documentário de Lia Letícia sobre a insubmissão do personagem Preto Sérgio.

O longa da noite, Yõg Ãtak: Meu Pai, Kaiowá, foi recebido com aplausos por um Cine Brasília efusivo, desde que a equipe do longa subiu ao palco ao som de um chocalho. Dirigido pelos indígenas Sueli e Isael Maxakali, com codireção de Roberto Romero e Luisa Lanna, o filme mineiro faz um percurso de busca pelo pai de Sueli, vítima da ditadura militar.

Nesta manhã de quarta (4), as equipes dos filmes participam de debates  com seus respectivos elencos, mediados pelo crítico, programador e escritor pernambucano Luiz Joaquim, às 10h, no Hotel Grand Mercure. Às 20h nas RAs e 21h no Cine Brasília, apresentam-se os curtas E Assim Aprendi a Voar (RO), de Antonio Fargoni e Mãe do Ouro (MG), de Maick Hannder, e o longa Enquanto o Céu Não me Espera (AM), de Christiane Garcia.

Mostra Brasília tem manifestação pelo cinema público e de qualidade

Com apresentação da atriz Juliana Drummond, a primeira noite de exibições da Mostra Brasília – 26º Troféu Câmara Legislativa foi inaugurada com manifestações  dos realizadores participantes da programação em defesa do cinema público e de qualidade.

O coro teve início com o diretor de Caravana da Coragem, Pedro Garcia, e integrantes da equipe, que estenderam uma faixa pedindo pela volta do Cine Itapuã do Gama. 

O equipamento público entrou para o rol de espaços culturais sob gestão da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), que neste momento já desenvolve o projeto básico para a recomposição da sala de cinema e de espetáculos no padrão do Cine Brasília.

Depois, foi exibido o documentário experimental A Sua Imagem Na Minha Caixa de Correio, de Silvino Mendonça; e o longa-metragem Nada, do renomado multi-artista brasiliense Adriano Guimarães.

A Mostra Brasília – 26º Troféu Câmara Legislativa assim como a Competitiva Nacional, ocorre na Sala Vladimir Carvalho e possui, ao término das sessões, votação pelo júri popular por meio de QR Code impresso nos ingressos de acesso às quatro salas de exibição no Cine Brasília e nas RAs.

Nesta quarta-feira (4), serão exibidos os filmes ONA, de Clara Maria e M4vi Afroindie; Manual do Herói, de Fáuston da Silva; e Manequim, de Danilo Borges e Diego Borges.

Conferência Audiovisual do Festival de Brasília começa na quinta (5); abertura tem discurso da ministra Cármen Lúcia 

O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro apresenta durante três dias, de 5 a 7 de dezembro, a quarta edição da Conferência Audiovisual (antiga Conferência do Cinema Nacional). Serão dez paineis sobre política audiovisual, direitos, estratégias e desafios para o fortalecimento do setor no Brasil. 

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia abre a 4ª Conferência Audiovisual, nesta quinta (5), às 9h, na Sala de Cinema 2 do Cine Brasília. Ela trará um discurso inaugural sobre a importância dos direitos culturais e do cinema brasileiro na consolidação de uma sociedade democrática. Conheça a programação completa da conferência aqui

Mostra Caleidoscópio apresenta Filhas da Noite e Festival dos Festivais exibe Kasa Branca

Na programação desta quarta-feira (4), o público também poderá assistir gratuitamente às mostras paralelas Festivalzinho, Caleidoscópio e Festival dos Festivais. 

Às 10 horas, o Festivalzinho exibe Marraia, de Diego Scarparo, no Cine Brasília. No mesmo horário, as RAs do Gama, Planaltina e Taguatinga exibem o título Joãozinho – O Filme, de Fáuston da Silva. 

Às 15h, na Sala Vladimir Carvalho, o terceiro dia da competitiva Mostra Caleidoscópio apresenta o longa Filhas da Noite, dos diretores Henrique Arruda e Sylara Silvério. O filme conta a história de seis ícones das noites pernambucanas que revisitam seus passados e revivem suas mais íntimas memórias diante das câmeras.

Às 19h, na Sala de Cinema 2, Luciano Vidigal apresenta a produção carioca Kasa Branca, com uma saga de Dé e seus amigos para levar sua avó, em estado terminal pela doença de Alzheimer, a aproveitar os últimos dias de vida. 

Ambiente de Mercado encerra programação com exibição inédita em parceria com o Globoplay e Pitchings Abertos

No último dia de Ambiente de Mercado no Festival de Brasília, a Sala de Cinema 2 recebe às 17h mais um lançamento em parceria com o Globoplay. Prestes a estrear no canal de streaming, o aguardado “Kubrusly: Mistério Sempre Há de Pintar Por Aí”, de Caio Cavechini e Evelyn Kuriki, retrata o notável jornalista Maurício Kubrusly e seu dia a dia, diante de uma luta contra a demência frontotemporal.

No Auditório 2, das 14h às 17h, acontecem os Pitchings Abertos do festival. Após passarem pelas Mentorias com Victor Lopes, oito projetos selecionados apresentam pitchings construídos nas aulas de técnicas de vendas. Os pitchings são apresentados a cinco players convidados para o Ambiente de Mercado: Canal Brasil (Camila Lamha), Globoplay (Marina Reginato), Embaúba Filmes (Daniel Queiroz), Gullane (Daniel Aun) e Boutique Filmes (Tiago Melo).

Os Pitchings eleitos vencedores pela banca levarão prêmios concedidos pelos parceiros Projeto Paradiso, Rio2C e Stone Milk. O Projeto Paradiso oferece bolsa de apoio para contribuir com a presença do vencedor do melhor projeto de ficção no BAM – Bogotá Audiovisual Market 2025. Já o melhor documentário tem acesso garantido na Rio2C 2025, com duas credenciais industry para participar da conferência realizada no Rio de Janeiro de 27 de maio a 01 junho de 2025.

O estúdio paulista de pós-produção Stone Milk oferece prêmios aos projetos vencedores de melhor ficção e melhor documentário. A empresa oferece serviços de finalização avaliados em torno de R$ 25 mil para cada obra, contemplando laboratório digital (ingest e conversão do material bruto), arte (aplicação de artes já prontas) e deliveries (geração de um arquivo de master e três cópias em DCP, H264 e prores.

SERVIÇO –  57º FESTIVAL DE BRASÍLIA DO CINEMA BRASILEIRO

Data: Até 7 de novembro

Local: Cine Brasília (106/107 Sul), Cia. Lábios da Lua (Gama), Centro Universitário Estácio (Pistão Sul, Taguatinga) e Complexo Cultural de Planaltina.

Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) somente para as sessões da Mostra Competitiva Nacional no Cine Brasília. Entrada franca mediante retirada prévia de ingressos para as demais sessões.

Programação completa: festcinebrasilia.com.br.

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Cinema de Brasília se destaca na segunda noite da mostra Competitiva Nacional https://festcinebrasilia.com.br/cinema-de-brasilia-se-destaca-na-segunda-noite-da-mostra-competitiva-nacional/noticias/ Tue, 03 Dec 2024 16:45:46 +0000 https://festcinebrasilia.com.br/?p=13639
Equipe do Filme Pacto da Viola. Foto: Victor Diniz

Apresentada por Gleici Damasceno, a Mostra Competitiva Nacional da segunda-feira (2) marcou a estreia dos primeiros filmes brasilienses da programação. Sob fortes aplausos, os 30 presentes da equipe do longa Pacto da Viola, de Guilherme Bacalhao, subiram ao palco e homenagearam Ivan Lisboa, um dos integrantes do elenco, que faleceu recentemente. 

Inflamável, curta de Rafael Gontijo, foi o outro destaque local na competição. Ambas as produções do DF contam com fomento do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). Entre as apresentações das equipes do DF, subiu ao palco o co-diretor de Javyju — Bom Dia (MG), Carlos Magalhães, para apresentar este manifesto pela ancestralidade dirigido por Kunha Rete. 

A Mostra Competitiva também é exibida paralelamente, acompanhada de uma programação musical e gastronômica, nas regiões administrativas do Gama, Taguatinga e em Planaltina, onde esteve presente na noite de ontem o secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, Claudio Abrantes, durante a cerimônia de apresentação dos filmes. 

Mostra Competitiva exibe três documentários na sessão de hoje

O Festival de Brasília apresenta três filmes que se utilizam das linguagens do documentário na terceira noite de exibições da Mostra Competitiva Nacional. De Pernambuco, o curta Mar de Dentro faz uma reflexão afrodiaspórica ao contar a trajetória de resistência e insubmissão ao poder de Preto Sérgio.

A premiada cineasta piauiense-candanga Dácia Ibiapina exibe “Confluências”, codirigido pelo saudoso pensador quilombola Nêgo Bispo, por meio de quem apresenta ao público os modos de vida do quilombo Saco-Curtume. 

O longa da noite marca a estreia dos irmãos cineastas indígenas Sueli e Isael Maxakali na direção, ao lado de Roberto Romero e Luisa Lanna. Um filme quase autobiográfico em que os diretores tentam reencontrar o pai, de quem foram separados durante a ditadura militar.

Antes e após as sessões, o público conta com programação musical, com DJs, em todos os locais de exibição. Na noite desta terça, o Gama recebe os DJs Valbert Neném e DJ Rubens MC no Beat; Planaltina conta com os DJs Fagner Souza e Alan Def; Taguatinga com o Disco N’Funk (DJ Jean C + Lethal Breakz) e o Cine Brasília receberá a Noite do Vinil, com os DJs Mak, PSK e Ogunda-O.

Mostra Brasília abre edição 2024 com longa de Adriano Guimarães e dois documentários experimentais

Na primeira noite de exibições da Mostra Brasília – 26o Troféu Câmara Legislativa, o multiartista candango Adriano Guimarães apresenta o longa-metragem Nada. A ficção marca o retorno da personagem principal à fazenda onde viveu sua infância e o reencontro com sua irmã no fim da vida. 

Dois curtas documentais-experimentais dividem a sessão da mostra. Caravana da Coragem, de Pedro B. Garcia, apresenta três amigos de diferentes regiões do Distrito Federal que se encontram no parque à noite para contar e gravar seus pesadelos. A sua imagem na minha caixa de correio, de Silvino Mendonça, narra a paixão pelo cinema na vida de colecionadores de fotografias e memórias do cinema.  

A Mostra Brasília – 26o Troféu Câmara Legislativa é apresentada na Sala Vladimir Carvalho – Sala 1 do Cine Brasília, sempre às 18h, com votação pelo júri popular. 

Petra Costa apresenta a masterclass Apocalipse/Revelação

Após apresentar a concorrida sessão de seu novo documentário, Apocalipse nos Trópicos, na sessão de ontem da Mostra Festival dos Festivais, a cineasta Petra Costa recebe o público hoje às 14h30, na Sala de Cinema 2, para a Masterclass Apocalipse/Revelação. Na ocasião a diretora parte do conceito freudiano do Das Unheimilich (“o estranho familiar”) para discutir o processo de construção de sentido dos seus filmes “Elena”, “Olmo e a Gaivota”, “Democracia em Vertigem” e o mais recente, apresentado no festival.

Terceiro dia de Ambiente de Mercado tem Encontros com Players e estreia de novo longa do Globoplay

Nos lançamentos do Ambiente de Mercado, parcerias com importantes canais potencializam as atividades programadas com as primeiras exibições de séries e filmes. Hoje às 17h, o Globoplay exibe o documentário “Malvinas: Diário de uma Guerra”, de Ricardo Pereira e Eugenia Moreyra.

A produção conta a história autobiográfica do realizador Ricardo Pereira em seus tempos como correspondente jornalístico na década de 1980, quando cobriu a Guerra das Malvinas.

As atividades de hoje no Mercado envolvem os 19 representantes de canais, produtoras e distribuidoras convidadas. Pela manhã, os players participam de  Rodadas de Negócio com produções do DF inscritas previamente. 

Às 14h, os convidados apresentam à comunidade audiovisual as estratégias e interesses de seus canais/empreendimentos para o ano que vem, em atividade aberta de nome Encontros com os Players (Auditório 1). 

Também haverá a continuação da Mentoria para os Pitchings Abertos, apresentada por Victor Lopes e voltada a projetos previamente selecionados. 

Mostras paralelas

Na programação de hoje, o público também poderá assistir gratuitamente às mostras paralelas Caleidoscópio e A Formação dos Brasis. 

Às 15h, na Sala Vladimir Carvalho, o segundo dia da competitiva Mostra Caleidoscópio apresenta o longa de ficção Trópico de Leão, da diretora paulista Luna Alkalay. O filme explora em primeira pessoa um relacionamento abusivo, por meio de uma abordagem ensaística.

Às 19h, na programação da mostra A Formação dos Brasis, na Sala 2 de Cinema, Ausente, de Ana Carolina Soares, documenta a retomada das aulas presenciais após a pandemia, em uma escola pública de Belo Horizonte. 

Confira programação completa em festcinebrasilia.com.br

SERVIÇO –  57º FESTIVAL DE BRASÍLIA DO CINEMA BRASILEIRO

Data: Até 7 de novembro

Local: Cine Brasília (106/107 Sul), Cia. Lábios da Lua (Gama), Centro Universitário Estácio (Pistão Sul, Taguatinga) e Complexo Cultural de Planaltina.

Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) somente para as sessões da Mostra Competitiva Nacional no Cine Brasília. Entrada franca mediante retirada prévia de ingressos para as demais sessões.

Programação completa: festcinebrasilia.com.br.

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Filmes de Norte a Sul do país marcam primeira noite da Mostra Competitiva Nacional https://festcinebrasilia.com.br/filmes-de-norte-a-sul-do-pais-marcam-primeira-noite-da-mostra-competitiva-nacional/noticias/ Mon, 02 Dec 2024 13:59:54 +0000 https://festcinebrasilia.com.br/?p=13623
Festival de Brasília no primeiro dia de Mostra Competitiva Nacional. Equipe de Suçuarana (MG). Foto: Victor Diniz

A Mostra Competitiva Nacional, principal categoria do 57º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB) apresentou diversidade narrativa e regional nos dois curtas e no longa-metragem que abriram a competição no último domingo (1º). 

Maremoto (RN), resultado de um projeto formativo de descentralização da produção cinematográfica dirigido por Cristina Lima e Juliana Bezerra, é um conto periférico centrado na figura de uma aguerrida mecânica de motocicletas; enquanto Chibo, do outro extremo do Brasil (RS), acompanha o dia a dia de uma adolescente que mora numa roça em Tiradentes do Sul. 

Para fechar a noite, o aplaudido longa-metragem mineiro Suçuarana, de Clarissa Campolina e Sérgio Borges, retratou uma comunidade quilombola no contexto da exploração mineral do estado. Ao fim da sessão, os convidados e espectadores puderam se divertir com o Samba da Passarinha, roda de samba do DF.

Sara Silveira e João Luiz Vieira ganharam homenagens na noite de domingo

Sara Silveira vence o prêmio Leila Diniz. Foto: Isadora Machado

Antes da Sessão Especial de Meteorango Kid: Heroi Intergaláctico, às 18h, o palco do Cine Brasília recebeu mais duas personalidades ligadas ao cinema brasileiro para homenagens. A coordenadora de Serviços e Economias de Futuro do Sebrae Nacional, Ana Clévia Guerreiro, entregou a Medalha Paulo Emílio Salles Gomes ao professor, pesquisador e escritor João Luiz Vieira.

O Cine Brasília se emocionou junto a Sara Silveira, produtora das mais prolíficas do país, que foi laureada com o Prêmio Leila Diniz, recebido da secretária de Justiça e Cidadania do Distrito Federal, Marcela Passamani. 

Protocolo Por Todas Elas é implementado pelo Festival  

Marcela Passamani, secretária de Segurança e Cidadania do DF. Foto: Isadora Machado

Na cerimônia, a secretária Marcela Passamani lembrou aos presentes o protocolo Por Todas Elas, pensado para proporcionar ambientes de evento seguros para as mulheres, prevenindo possíveis casos de assédio ou importunação sexual e abrindo canal de acolhimento e denúncia a vítimas deste crime silencioso. 

O protocolo foi implementado no 57o Festival de Brasília. A equipe passou por treinamento para atendimento e assistência às vítimas e a Secretaria de Justiça e Cidadania instalou um ambiente nas estruturas do Cine Brasília, Cia. Lábios da Lua (Gama) e Complexo Cultural de Planaltina, para um primeiro acolhimento de denúncias deste tipo.  

Programação de segunda-feira (2/12) da Mostra Competitiva Nacional

Frame do filme Pacto da Viola.

A programação da Mostra Competitiva Nacional de hoje (2/12) inclui debate sobre os filmes exibidos no dia anterior, durante parte da manhã, a partir das 10h, com transmissão virtual ao vivo neste link

À noite, a Mostra Competitiva Nacional começa às 20h no Gama, em Planaltina e em Taguatinga e, às 21h, ocupa o Cine Brasília, ocasião na qual serão exibidos os filmes Inflamável (DF), de Rafael Ribeiro Gontijo, Javyu – Bom Dia (SP), de Kunha Rete e Carlos Eduardo Magalhães, e Pacto da Viola (DF), de Guilherme Bacalhao.

A programação em todos os endereços do festival será acompanhada de trilha sonora com DJs, com Diskoteca Árabe (DJs El Roquer e Savana) no Cine Brasília, DJs Fraktal e Boquinha MC Dub no Gama, DJs Jannu e Rud em Planaltina, e DJs Janna e Ketlen em Taguatinga. 

Segundo dia de Ambiente de Mercado tem lançamento de série, Rodadas de Negócio e Encontros com Players

Como nascem os herois. Foto de Divulgação.

A abertura do Ambiente de Mercado no último domingo (1º/12) contou com masterclass da socióloga e drag queen Rita Von Hunty. Ela estrela a série Como Nascem os Herois, de Iberê Carvalho e Marcelo Díaz. 

Produção da EBC marcada para estrear em fevereiro de 2025, é um dos lançamentos de mercado da programação do Festival. O primeiro episódio da série é exibido hoje, às 17h, na Sala de Cinema 2.  

As atividades de hoje no Mercado envolvem os 19 representantes de canais, produtoras e distribuidoras convidadas. Pela manhã, os players participam de  Rodadas de Negócio com produções do DF inscritas previamente. 

Às 14h, os convidados apresentam à comunidade audiovisual as estratégias e interesses de seus canais/empreendimentos para o ano que vem, em atividade aberta de nome Encontros com os Players (Auditório 1). 

Hoje se inicia também a Mentoria para os Pitchings Abertos, apresentada por Victor Lopes e voltada a projetos previamente selecionados. 

Brasília ganha sessões de Apocalipse nos Trópicos e Palimpsesto em mostras paralelas

Foto do filme Palimpsesto.

Para além da mostra competitiva, hoje é dia de assistir longas e curtas-metragens do novíssimo cinema brasileiro. A segunda é marcada por exibições do Festivalzinho, das sessões especiais e das mostras Caleidoscópio e Festival dos Festivais. 

Um acervo arqueológico é incendiado e sua recuperação abre uma reflexão sobre fogo e memória em Palimpsesto (MG), de André Di Franco e Felipe Canêdo, filme que abre a mostra competitiva Caleidoscópio às 15h. 

A democracia por um fio em nome da teocracia é o que motiva Apocalipse nos Trópicos (DF/RJ/SP), novo documentário de Petra Costa, apresentado às 18h pela mostra Festival dos Festivais. Ambos são exibidos na Sala Vladimir Carvalho e são seguidos de debate. 

Na Sala de Cinema 2, e ainda em homenagem ao clássico de André Luiz Oliveira, Procura-se Meteorango Kid: Vivo ou Morto (BA), de Marcel Gonnet e Daniel Fróes, ganha sessão especial às 19h. 

Confira programação completa em festcinebrasilia.com.br

SERVIÇO –  57º FESTIVAL DE BRASÍLIA DO CINEMA BRASILEIRO

Data: Até 7 de novembro

Local: Cine Brasília (106/107 Sul), Cia. Lábios da Lua (Gama), Centro Universitário Estácio (Pistão Sul, Taguatinga) e Complexo Cultural de Planaltina.

Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) somente para as sessões da Mostra Competitiva Nacional no Cine Brasília. Entrada franca mediante retirada prévia de ingressos para as demais sessões.

Programação completa: festcinebrasilia.com.br.

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Brasília ovaciona Zezé Motta em noite que abriu sua 57a edição  https://festcinebrasilia.com.br/brasilia-ovaciona-zeze-motta-em-noite-que-abriu-sua-57a-edicao/noticias/ Sun, 01 Dec 2024 15:29:32 +0000 https://festcinebrasilia.com.br/?p=13597
Festival de Brasília do Cinema Brasileiro 2024 | Foto: Humberto Araujo

A noite de abertura do 57º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro foi marcada pela celebração de grandes carreiras de personalidades do cinema nacional. A Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo (ABCV) prestou homenagem à documentarista Delvair Montagner e ao documentarista e maior símbolo do cinema candango, Vladimir Carvalho, com a entrega de um troféu à viúva do diretor. 

Na sequência, o cineasta Bruno Torres não escondeu a emoção ao receber flores do festival em homenagem póstuma à sua mãe, a produtora, cantora e atriz Mallú Moraes, que partiu neste ano. O cineasta paraense e fundador do Coletivo Pedra, Pedro Anísio, que também nos deixou em 2024, foi homenageado por sua contribuição ao cinema e à resistência política em meio à opressão da Ditadura Militar.

A grande homenageada da noite foi a veterana e premiada atriz Zezé Motta, saudada pelas apresentadoras do festival, Gleici Damasceno e Ana Luiza Bellacosta. O Cine Brasília ovacionou Zezé até sua chegada ao palco de pé. “Este prêmio é mais um incentivo para seguir esta caminhada”, disse a atriz, referindo-se tanto à atuação quanto à resistência política que é pauta de toda sua vida e carreira.

Zezé recebeu o Troféu Candango pelo Conjunto da Obra, que, segundo ela, dividirá espaço em sua estante com o seu primeiro Candango, recebido em 1975 por sua atuação em Xica da Silva, de Cacá Diegues. O filme, inclusive, terá hoje uma sessão especial na programação do Festival de Brasília, às 19h, na Sala 2 de Cinema.

Sala de Cinema Vladimir Carvalho

Festival de Brasília do Cinema Brasileiro 2024 | Foto: Humberto Araujo
Festival de Brasília do Cinema Brasileiro 2024 | Foto: Humberto Araujo

Durante a cerimônia de abertura, o secretário de Cultura e Economia do Distrito Federal, Claudio Abrantes, descerrou a placa que inaugura a Sala de Cinema Vladimir Carvalho, por meio de uma transmissão ao vivo em que todo o público pôde ver no telão a insígnia em homenagem ao documentarista paraibano-brasiliense.

Vladimir deixou saudades em outubro e recebeu uma homenagem póstuma do festival com exibição de um vídeo produzido por seu irmão caçula, o fotógrafo e também documentarista, Walter Carvalho.

O decreto 46.498, publicado no DODF em 5 de novembro, batizou a sala de projeção do Cine Brasília com o nome do cineasta e professor que marcou a história do cinema brasileiro e brasiliense desde o final dos anos 1960.

O diretor pernambucano Marcelo Gomes, do filme de abertura Criaturas da Mente, reconheceu a importância da estreia mundial do filme no Cine Brasília, quase 30 anos após estrear um curta-metragem no festival. “É muito emocionante voltar aqui e ser o primeiro documentário a ser exibido na Sala Vladimir Carvalho”.

Sidarta Ribeiro, neurocientista e pesquisador brasiliense de renome mundial, também ficou emocionado em subir ao palco do cinema. “Tem 30 anos que não venho aqui, mas passei 20 anos frequentando o Cine Brasília”.

Mostra Competitiva Nacional tem início neste domingo

Principal e mais tradicional sessão do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, a Mostra Competitiva Nacional começa neste domingo, às 20h em Planaltina, Taguatinga e no Gama; e, às 21h, no Cine Brasília – Sala Vladimir Carvalho, com exibição dos curtas-metragens Chibo (RS), de Gabriela Poester e Henrique Lahudee, e Maremoto (RN), de  Cristina Lima e Juliana Bezerra, seguidos do longa-metragem Suçuarana (MG), de Clarissa Campolina e Sérgio Borges. A programação em todos os endereços do festival será acompanhada de trilha sonora, com DJs, saraus e rodas de samba.

Começa o Ambiente de Mercado e o Festivalzinho 

Na estreia do Ambiente de Mercado do festival, a Sala de Cinema 2 recebe a masterclass “Narrativa e Grupos Minorizados”, ministrada por Rita Von Hunty. Com foco na construção da imagem LGBT no cinema ocidental, a masterclass discute os processos sociais e políticos envolvidos nas representações de personagens de grupos minorizados. A atividade acontece na Sala de Cinema 2, às 15h30.

O Festivalzinho também começou sua programação neste domingo, às 10h. A mostra ocupa a Sala de Cinema Vladimir Carvalho, no Cine Brasília, onde exibiu o longa de animação Abá e Sua Banda, produção fluminense dirigida por Humberto Avelar. O filme terá reprise no último dia do Festival de Brasília. A programação do Festivalzinho continua com outras 6 produções de 4 a 6 de dezembro, sempre no mesmo horário e sala. Há exibições do Festivalzinho também nas RAs de Taguatinga, Gama e Planaltina, de segunda a sexta, sempre às 10h. 

A Formação dos Brasis

Começa às 15h deste domingo a Mostra A Formação dos Brasis, que reúne, ao todo, quatro documentários que ajudam a compreender os aspectos formadores da cultura e da sociedade brasileira. 

As produções apresentam retratos de artistas fundamentais, seja através de figuras históricas importantes a quem a historiografia oficial não deu a devida importância, seja por uma reflexão sobre a realidade contemporânea nas escolas secundárias brasileiras, que formam os Brasis de amanhã. 

Na programação de hoje, o grande Luiz Carlos Barreto entra em cena na exibição de Barreto, fotógrafo das lentes nuas, de Miguel Freire. Após a exibição haverá debate com equipe do filme, mediado por Luis Fernando Moura, na Sala Multiuso do Cine Brasília.

Premiações: Medalha Paulo Emílio e Prêmio Leila Diniz

Na cerimônia que antecede a Sessão Especial de Meteorango Kid: Heroi Intergaláctico, às 18h, serão homenageadas mais duas grandes personalidades do audiovisual. Pela contribuição à preservação da memória do cinema brasileiro, o professor, pesquisador e autor João Luiz Vieira receberá a Medalha Paulo Emílio Salles Gomes. 

Dona de uma das mais prolíficas carreiras no cinema nacional, a produtora Sara Silveira será a homenageada do Prêmio Leila Diniz, que reconhece o trabalho de mulheres à frente ou atrás das câmeras. Ela receberá a láurea das mãos da secretária de Segurança e Cidadania do Distrito Federal, Marcela Passamani.

SERVIÇO –  57º FESTIVAL DE BRASÍLIA DO CINEMA BRASILEIRO

Data: Até 7 de novembro

Local: Cine Brasília (106/107 Sul), Cia. Lábios da Lua (Gama), Centro Universitário Estácio (Pistão Sul, Taguatinga) e Complexo Cultural de Planaltina.

Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) somente para as sessões da Mostra Competitiva Nacional no Cine Brasília. Entrada franca mediante retirada prévia de ingressos para as demais sessões.

Programação completa: festcinebrasilia.com.br.

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